Os resultados mostraram que a prevalência de obesidade em crianças com autismo foi 30,4% enquanto que nos pares sem o quadro a prevalência foi de 23,6%. Segundo os autores do estudo, estes resultados mostram que crianças e adolescentes com autismo apresentam, ao menos, o mesmo risco para obesidade que crianças sem o quadro, no entanto, este risco pode ser até maior que o da população geral. Como o número de crianças autistas no estudo é pequeno, não se pode concluir que o risco de obesidade é realmente maior, mas pode-se se dizer que é, no mínimo, igual.
Fatores de risco para obesidade nos portadores de autismo
Fatores de risco que podem estar contribuindo para crianças e adolescentes portadores de autismo manifestarem esta tendência a obesidade são aqueles relacionados a um padrão atípico de atividade física e alimentação nesta população, como:
(1) eles podem ter um comprometimento motor, habilidades motoras pobres, o que pode impactar de maneira significativa e adversa o envolvimento bem sucedido em atividades físicas e esportivas;
(2) outros tipos de compromentimento motor podem estar presentes, como baixo tônus muscular, problemas motores orais, instabilidade postural, que também comprometem participação em atividades físicas e esportivas;
(3) o compromentimento das habilidades sociais desta população pode limitar a sua participação em atividades físicas estruturadas com outras crianças e adolescentes;
(4) eles podem apresentar preferência por alimentos de alta densidade enrgética (como nuggets, cachorro quente, bolo, etc).
Fonte: Artigo "The prevalence of obesity in children with autism: a secondary data analysis using nationally representative data from the National Survey of Childrens Health". BMC Pediatrics 2010, 10:11doi:10.1186/1471-2431-10-11. (clique aqui para visualizar versão provisória na íntegra do artigo em pdf) .
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