domingo, 2 de setembro de 2012

Sadako Sasaki - o exemplo japonês



Monumento Sadako Sasaki - Hiroshima

A matéria "O último vôo da garça da paz" que saiu hoje no jornal O Globo e que conta um pouco da história de Sadako Sasaki, me fez recordar da emoção que senti ao conhecer a história de desta menina quando visitei Hiroshima, em uma excursão com a minha escola em 1990, aos meus 16 anos de idade. Éramos 9 adolescentes nesta excursão e eu era a única de traços ocidentais. Quando fomos recebidos em uma escola em Fukuyama, nos recepcionaram com os tradicionais 1000 origames de garça, feitos pelos estudantes da escola, um gesto singelo, de muito carinho e respeito.

Sadako Sasaki, uma menina japonesa que viveu na primeira metade do século XX, é um exemplo de esperança e persistência para os japoneses e para o mundo. Ela era uma criança de apenas 2 anos quando a bomba nuclear explodiu em Hiroshima em 6 de agosto de 1945. No ato da explosão ela foi arremessada para o lado de fora de casa, mas surpreendentemente sobreviveu a catástrofe.Aos 12 anos, como muitas outras crianças japonesas sobreviventes, desenvolveu uma leucemia. No hospital onde fazia o seu tratamento, ela começou a fazer origames (dobraduras) de garça. Diz uma lenda japonesa que, aqueles que fizerem mil origames em forma de garça tem um desejo atendido.

Sadako Sasaki fazia as dobraduras na esperança de ter o seu maior desejo atendido (de curar-se), o problema é que lhe faltava papel. Chegou, inclusive, a fazer dobraduras com papel de medicação, mas acabou sucumbindo quando tinha feito 644 dobraduras.

Desde então Sadako Sasaki é um exemplo de esperança, persistência e superação no Japão. A matéria do Globo de hoje, conta que seu irmão conseguiu guardar apenas 5 das 644 garças originais que  Sadako Sasaki fez. Este homem doou cada uma das garças para diferentes pessoas e locais no mundo, de forma a semear a paz e o exemplo. Detalhe: um dos agraciados com a relíquia foi Clifton Truman Daniel, quando visitou Hiroshima no 67o. aniversário do bombardeio, o neto do presidente Harry Truman, que foi quem autorizou/ordenou o bombardeio de Hiroshima.

É com histórias assim que vemos o quanto temos a aprender com outros povos do mundo, como os japoneses, que não se cansam de nos dar exemplos. As crianças então nem se fala... estão sempre nos ensinando.

terça-feira, 24 de abril de 2012

"Espelho, espelho meu" traz Branca de Neve sob medida para as princesinhas dos nossos dias

Você já se pegou preocupado com as fantasias que as tão admiradas Princesas da Disney podem criar nas suas filhas, sobrinhas, netas, etc? Como por exemplo, a de uma mulher frágil, passiva, que fica a espera de um resgate romântico de um príncipe encantado para se casar e viver feliz para sempre? Se já se pegou neste pensamento, chegou a solução para o seu repertório de princesas. "Espelho, Espelho Meu" (em cartaz nos cinemas, produção norte-americana, dirigido por Tarsem Singh) nos brinda com uma nova versão do conto de fadas e uma Branca de Neve de carne e osso, com alguns defeitos e muitas qualidades, que dá gosto de ver. É pró-ativa, amadurece ao longo da trama e batalha pelos seus sonhos. Chega até a salvar o seu príncipe ao invés de ser salva por ele. Tudo isso sem perder de vista de que o amor existe sim, vale a pena, mas não é aquela coisa garantida dos contos de fadas. Enfim, uma história divertida de princesa, que garante boas risadas, com um toque feminista que tem muito a agregar para as nossas princesinhas de hoje em dia. Afinal, tudo o que a gente quer é que elas sejam felizes.