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Monumento Sadako Sasaki - Hiroshima |
A matéria "O último vôo da garça da paz" que
saiu hoje no jornal O Globo e que conta um pouco da história de Sadako Sasaki, me fez
recordar da emoção que senti ao conhecer a história de desta menina quando
visitei Hiroshima, em uma excursão com a minha escola em 1990, aos meus 16 anos
de idade. Éramos 9 adolescentes nesta excursão e eu era a única de traços
ocidentais. Quando fomos recebidos em uma escola em Fukuyama, nos recepcionaram
com os tradicionais 1000 origames de garça, feitos pelos estudantes da escola, um gesto singelo, de muito carinho e respeito.
Sadako Sasaki, uma menina japonesa que viveu na primeira
metade do século XX, é um exemplo de esperança e persistência para os japoneses
e para o mundo. Ela era uma criança de apenas 2 anos quando a bomba nuclear
explodiu em Hiroshima em 6 de agosto de 1945. No ato da explosão ela foi
arremessada para o lado de fora de casa, mas surpreendentemente sobreviveu a
catástrofe.Aos 12 anos, como muitas outras crianças japonesas
sobreviventes, desenvolveu uma leucemia. No hospital onde fazia o seu
tratamento, ela começou a fazer origames (dobraduras) de garça. Diz uma lenda
japonesa que, aqueles que fizerem mil origames em forma de garça tem um desejo
atendido.
Sadako Sasaki fazia as dobraduras na esperança de ter o
seu maior desejo atendido (de curar-se), o problema é que lhe faltava papel.
Chegou, inclusive, a fazer dobraduras com papel de medicação, mas acabou
sucumbindo quando tinha feito 644 dobraduras.
Desde então Sadako Sasaki é um exemplo de esperança,
persistência e superação no Japão. A matéria do Globo de hoje, conta que seu irmão conseguiu guardar apenas 5 das 644 garças originais
que Sadako Sasaki fez. Este homem doou
cada uma das garças para diferentes pessoas e locais no mundo, de forma a
semear a paz e o exemplo. Detalhe: um dos agraciados com a relíquia foi Clifton
Truman Daniel, quando visitou Hiroshima no 67o. aniversário do bombardeio, o
neto do presidente Harry Truman, que foi quem autorizou/ordenou o bombardeio de
Hiroshima.
É com histórias assim que vemos o quanto temos a aprender
com outros povos do mundo, como os japoneses, que não se cansam de nos dar
exemplos. As crianças então nem se fala... estão sempre nos ensinando.
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